Espaçonave: Terra
Estamos viajando
pelo espaço a 2,2 milhões de quilômetros por hora. Por enquanto os sistemas
permanecem estáveis, capitão! - respondia o navegador da ponte de comando. Seus
olhos atentos a qualquer oscilação nos geradores de vida, da gigantesca Nave.
- Isso não é incrível, navegador? Há alguns séculos, essa
velocidade seria inimaginável! - dizia o capitão.
- Mas hoje se sabe que a velocidade de nossa Nave equivale a cinquenta
vezes a velocidade de um foguete voando a 40 mil quilômetros por hora.
- Parece que nossa Nave tem pressa, capitão! - comentava uma
mulher que controlava os painéis do suporte de vida. Seu nome era Gaia e sua
beleza dificilmente teria adjetivos suficientes para ser descrita em palavras. -
Talvez a Nave queira chegar ao seu destino antes de perder a sua função, que é
a de abrigar seus passageiros humanos. - concluía ela num sorriso.
- Qual o nosso
destino, capitão? - perguntou uma passageira. Ar altivo. Todo ouvido ás
palavras do experiente capitão que conduzia a Nave através do cosmos.
- Nossos cientistas dizem que estamos indo de encontro ao
Grande Atrator.
- Isso fica nos arredores do aglomerado de Centauro. Uma
fantástica concentração de galáxias. - comentava Gaia.
- Exato! Nossa Nave é arrastada em rodopios, primeiro ao
redor do sol. Depois com todo o sistema solar ao redor da via láctea, e depois
nossa galáxia tem seu movimento definido assim como as galáxias vizinhas e
vamos todos juntos na direção do Grande Atrator.
- Mas isso levará muito tempo, ou... - perguntou um
passageiro sem concluir sua frase, engolindo em seco. Preocupado com o destino
da humanidade.
- Fique tranquilo, humano! As distancias neste universo são
(desculpe o trocadilho) astronômicas! Só para chegarmos até o aglomerado de
Centauro que fica a uma distancia de 137 milhões de anos-luz (um ano-luz
equivale a 9,5 trilhões de quilômetros) vai demorar um bocado. Navegador,
diga-nos aproximadamente o equivalente em anos terrestres, por favor!
- Algo em torno de alguns quintilhões de anos, capitão. -
respondia o navegador, olhando para o passageiro que mostrava agora uma
fisionomia mais tranquila.
- O problema é como estamos cuidando de nossa Nave, capitão.
Ela não vai resistir por muito tempo se continuarmos a tratá-la da forma que
estamos fazendo! - comentava o passageiro, entendendo que boa parte da Nave
necessitava de atenção e cuidados.
- Você tem razão humano! Que a humanidade desperte para o
fato de que, se não cuidarem de nossa Nave Terra, toda a ciência, todas as
histórias de amor e todas as conquistas pelas quais a humanidade passou; Tudo
terá sido em vão!
- Mas ainda há tempo capitão! - respondia Gaia com os olhos
cheios de esperança.
- Temos que cuidar de nossa Nave Terra, enquanto ela ainda
está no rumo! - concluía.
J.
C. Zeferino
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